A.B. Futebol 5
S.C Vinhense 2
Tivemos uma curta deslocação até ao campo da Quinta do Conde no passado sábado para visitar os amigos do AB Futebol, numa tarde ensolarada propícia a um bom jogo de futebol. O Mister, já recuperado da azia mas ainda com dores de garganta, teve quase duas dezenas de jogadores á sua disposição. Ok, 18 pessoas e dois jogadores, mas tivemos direito a acompanhamento musical vindo da concentração motard ali presente para moralizar a malta. E a verdade é que respondemos em campo ao ritmo da música.
O 1º tempo, com muita qualidade de jogo, boa circulação de bola e alguns momentos de maior velocidade foram o espelho perfeito. A bola nos pés do Rui Branco e Bruno Lopes soava ao Rock, nos pés do João Oliveira parecia um Tango, tal a forma como ele gosta de bailar com a bola (qualquer dia tropeça e cai sozinho). A qualidade da defesa era como um Jazz de John Coltrane e a confiança com que o Vítor Santos estava era como ouvir um Blues e beber um James Martin (á patrão). A tranquilidade na baliza do Chico Matos parecia o saxofone do Kenny G e o Ricardo Futre e o Babló parecia que dançavam o Vira um com o outro (Vira-te para aqui que eu viro-me para lá). O Chico Prego já sabemos, aquilo é Heavy Metal puro e quem por ali andar fica com dor de cabeça de certeza. E não nos podemos esquecer como ficávamos deliciados com a música dos três moscãoteiros que soava cada vez que o D'Artagnan tocava na bola. Foi com estas sinfonias que chegámos á vantagem num mau cruzamento do Chico Prego que acabou no fundo das redes, a contradizer o ditado que "o que nasce torto não se endireita" (há coisas que sim, outras nem por isso). Mesmo a acabar o primeiro tempo, do Vira Vira, apareceu um adversário isolado e fomos para o intervalo com empate a uma bola.
Para o 2º tempo o Mister preparou um ataque com a artilharia pesada. O Carlos Fazendeiro trazia ténis novos (o Babló pediu-me para não escrever isto), todos se comprometeram em passar a bola ao Eduardo Mendes (o Babló também me pediu para não escrever isto) o João Vaz estava moralizado por ver tanto Motard e havia a arma secreta, o Carlos Dias contratação de última hora. Estavam todos prontos para mais música. Pois, mas no 2º tempo o que tivemos foi uma equipa enfeitiçada com o cheiro que vinha da barraca das bifanas, porque música, só se for a banda sonora de um filme terror.... de baixo orçamento. O Fernando Galvão continua a deixar tudo em campo, mas começo a ter saudades de relatar o seu lado generoso para com os adversários pois agora só lhes toca de raspão (mais uma que o Babló me pediu para não escrever). Na verdade a equipa tentou virar o jogo e tinha capacidade mais que suficiente para isso, bastava analisar os jogadores que estavam em campo, mas ás falhas que cometemos o adversário respondeu com uma eficácia surpreendente, daí o resultado tão desnivelado. Valeu o golo marcado pelo João Vaz, porque sofremos 4 golos e o resultado final foi uma pesada derrota por 5-2. Como figuras do dia, por unanimidade, voto em quatro pessoas. Em primeiro no Chico Matos que continua a demonstrar um grande espírito de sacrifício em prol dos veteranos, actuando como guarda redes e a fazer o melhor que pode. Em segundo no Carlos Dias, pelo seu primeiro jogo e primeira derrota (já é oficialmente um de nós). Não nos podemos esquecer das suas palavras na apresentação, quando disse que não pode prometer o título de campeão, mas promete trabalhar no duro para pagar duas ou três grades ao pessoal. Isso é que é falar!!! A terceira figura é o jogador adversário que apitou o jogo no 2º tempo. Não apitou dois penaltis claríssimos contra a sua equipa e é assim que tem de ser, não é como os nossos que marcam tudo contra nós. Muito bem feito e para ele fica o meu aplauso. Como dizia um treinador com uma cultura acima da média, "o fair play é uma treta". A quarta figura é o Luís da Fonte da Prata, cujas bifanas são as melhores do mundo e arredores. Que o diga o D'Artagnan que não pagou e ainda ficou com o troco. Próximo sábado é com o Vasco da Gama da Lançada. Levem o equipamento azul. Até lá....
O Vinhense alinhou com:
Chico Matos
Chico Prego - David Silva - João Baião - Décio Lobo
Vítor Santos - Babló - Ricardo Futre
Rui Branco - Bruno Lopes - João Oliveira
Jogaram ainda:
Carlos Fazendeiro, Eduardo Mendes, Fernando Serrano, Nuno Santos, João Vaz, Fernando Galvão e Carlos Dias.
Saudações desportivas!
Crónica: Décio
